De acordo com os primeiros resultados dos Censos 2011, Guimarães denota uma abandono por parte de alguma população jovem, que não consegue encontrar emprego no conselho. O anúncio foi feito pelo presidente da câmara de Guimarães, António Magalhães, no encontro sobre o sector têxtil, organizado pelo Concelho Sindical Inter-Regional da Galiza e Norte de Portugal, que teve lugar no Salão Nobre da Sociedade Martins Sarmento. Na sua intervenção na abertura do encontro, António Magalhães deu a conhecer que, de acordo com os primeiros resultados extraídos dos Censos 2011, Guimarães, de uma forma geral, tem vindo a perder os seus jovens. De acordo com o documento, não se trata apenas de uma êxodo das zonas mais interiores, ou rurais do concelho, mas que abrange áreas onde estão sediadas grandes empresas. O principal causa apontada é a falta de empregabilidade que se nota no sector industrial. António Magalhães mostrou-se preocupado pelas dificuldades que enfrenta o sector transformador português, de uma maneira geral, e que se reflecte em concelhos como o de Guimarães, onde a incidência de indústrias é elevada.
Para fazer face aos desafios da crise e da concorrência a baixos custos, como aquela praticada por China ou Paquistão, as empresas portuguesas vêem-se obrigadas a encontrar soluções e alternativas que permitam manter ou mesmo aumentar a competitividade. De uma indústria de mão-de-obra intensiva, o têxtil passou a requerer um menor número de trabalhadores, mas mais capacitados. Uma das consequências de tudo isso tem sido a queda em flecha da empregabilidade do sector. O autarca vimaranense defende um reforço da proximidade e colaboração entre a Galiza e o Norte de Portugal, como forma de desenvolvimento sustentado e de colaboração mútua. As SCUT e a forma como essa questão foi trabalhada também gera preocupação em António Magalhães. O efeito mais visível dessa preparação, que considera ser "deficiente" está já a ter um impacto negativo no Turismo.
Empregabilidade dá sinais de ligeira retoma
O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal (FESETE), Manuel Freitas, reconhece que, desde a década de 90, que o sector vem assistindo à destruição de postos de trabalho. "Entre 2000 e 2009, perderam-se 100 trabalhadores na área do têxtil, muitos deles na Região do Vale do Ave", concretiza. No entanto, em 2010, o sector deixou bons indicadores no que à empregabilidade diz respeito. Impulsionado pelo crescimento das exportações, o ano passado marcou uma inversão na tendência de descida, que se mantém em 2011. A intervenção do FMI em Portugal e as medidas de austeridade que serão impostas poderão travar essa recuperação ligeira. Como forma de enfrentar a crise e aumentar a competitividade face a países que continuam a oferecer baixos custos, Manuel Freitas defende uma cada vez maior integração de investigação e inovação na produção têxtil, bem como a aposta em marcas e design próprios.
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texto // Alberto José Teixeira
albertojteixeira@expressodoave.com
Noticia de ultima Hora,,,, o Sardinheiro abandonou o poleiro...
ResponderExcluirO Sousa é que vai ser o proximo presidente da junta, noticia do JN